Estou muito bem a arrumar a loja quando vislumbro a Madonna versão sem botox! Ou seja com 50 e muitos anos. A Madonna da Mosgueira trazia o seu cabelo loiro com raízes pretas à mostra, com a bela da mola que não deveria ter saído de casa. A cara também não fora engomada, se bem que nem com um ferro a vapor aquilo iria ao sítio. Depois trazia-me umas calças de ganga que só me lembro de ver aquilo na Sic Gold no "Perdoa-me" ou "All you need is love". Com a cintura no umbigo. E a parte mais engraçada vem aí. A mulher trazia-me um maion (nao sei como se escreve, já deve ter sido abolida do dicionário) rosa choque com brilhantes. Lógico que chamei todos os meus colegas para verem a Madonna e comecei a fazer a coreografia do Hung Up no meio da loja. Já ninguém se aguentava de tanto rir, tal era a brejice da mulher. Para apimentar a festa eu punha-me atrás da senhora sem ela dar conta a fazer de bailarino a dançar que nem um frenético tipo João Baião. Até que a senhora se virou e quase que me apanhou. Mas como eu sou muito bom a disfarçar (que é o que eu faço a maior parte do tempo naquela loja) nem reparou. Perguntei-lhe se precisava de ajuda (pergunta desnecessária) e ela disse que não. Resposta perfeitamente compreensível dado que ali já não havia salvação possível! Quando pagou o par de meias que comprou (a crédito) pedi-lhe um autógrafo pois tinha de assinar o talão do Multibanco. A minha colega da caiza ao lado não aguentou e teve de se baixar para se rir. Foi a palhaçada Ainda tenho na mente a senhora com as calças pelo umbigo com o maion por dentro delas, com os ténis da reebok old school (aqueles que se usavam para fazer step). Há pessoas que não deviam sair do Samouco.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Ajudem-me!
Como é que eu atendo uma senhora sem me rir, quando a senhora está com um palito na boca e de 5 em 5 segundos a sugar o ar entre os dentes a fazer bpsssss! Claro que só podia ser uma ser uma senhora emigrada na Suíça!
terça-feira, 9 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Para começar bem o trabalho...
Como já devem ter percebido trabalho numa loja perto das praias da Costa! Então no mês de Agosto é só o pessoal a vir-nos encher a loja de areia. E o dia que vos vou contar foi um desses. Como todos sabem, uma das praias da Costa é uma praia de nudismo gay e depois é vê-los às paletes pelo centro comercial. Estava eu muito sossegadito mais uma colega minha a arrumar a nossa secção quando entram 4 homens, notoriamente gays, mas todos com camones. É claro que eu e a minha colega começámos logo a rir. Deram uma volta à loja, viram que não tinhamos secção de homem e sairam passado segundos. Ora, como qualquer português, eu e a minha colega começámos logo a gozar, começámos a imitá-los pois havia um que até andava com a mão na cintura mesmo à varina... Até que um deles volta para dentro da loja e vem ter comigo e eu ponho-me para a minha colega: " Olha-me este agora uh? O que é que este paneleiro de merda quer agora? Veio comprar umas cuecas para mais logo não? Estou farto destes paneleiros que nos vêm chatear só para meter conversa! Camonada do caralho!" E o gajo vira-se : Boa noite, por acaso não têm loja de homem aqui no centro pois não?" Eu e a minha colega ficámos amarelos. "Tou fodido!" foi logo o que eu pensei! "Ou vou ser despedido ou ver ser processado"! Sorri com todos os meus dentes e disse simpaticamente que não! O senhor agradeceu e foi-se embora. Depois foi o rir a noite toda! Para mal dos meus pecados, à noite estava eu no bairro quando os senhores passam por mim na rua podres da bebados e cocainados. O português que tinha falado comigo vira-se pos outros e diz: "Olha o rapaz da x loja que me atendeu! Queres vir ao Trumps connosco?" Fingi que nem ouvi e continuei a minha vidita. Acho que aprendi a lição. Prometo nunca mais tecer comentários sobre as minorias!
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Primaveras...
Ontem fiz anos, 26 para ser mais concreto! Ou seja, é aquela idade critica em que pensa "mas que merda é que eu fiz da minha vida?". Posto isto, só queria que o dia passasse o mais rápido possível, sem que ninguém me lembrasse que fazia anos. Que estava perto dos trinta e que já nem ao cartão jovem vou ter direito. Enfim, dormi até à uma e meia da tarde, acordei, almocei, fui às compras e fui trabalhar. Só me perguntavam porque é que estava triste e eu respondi-a porque estava a ficar trintão. Retorquiam-me com "mas é o teu dia de anos! Devias estar contente..." Ora bolas, se é o meu, porque é que eu não posso ficar triste? Institucionalizou-se que quando se faz anos temos de estar alegres? Ou há um bichinho dentro de nós que todos os anos acorda para se certificar que nessa dia vamos ser felizes? Que raiva! Se é o meu dia de anos deixem-me passá-lo como eu quero.
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